Exportações cearenses de quartzitos crescem 30% em 2020. E os investimentos privados em pesquisa e lavra, no Estado, já passaram de R$ 650 milhões nos últimos cinco anos.
Estão crescendo as exportações cearenses de quartzitos para os mercados italiano e norte-americano, segundo informa o presidente do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar.
Ele disse nesta segunda-feira a esta coluna que os embarques de quartzitos dos tipos Taj Mahal, Perla Venata e Perla Santana – extraídos do solo de Uruoca e Santana do Acaraú – cresceram 30% em relação ao ano passado.
(Quartzitos são material que pode ser usado não apenas como rocha ornamental, mas também como rocha estrutural, podendo ser empregado como embasamentos, aterros e até mesmo como agregado para o concreto).
“Esse incremento das exportações foi causado pela forte demanda dos
mercados importadores e, também, das grandes empresas da construção
civil das várias regiões do Brasil, incluindo o Sudeste”, explicou o
presidente do Simagran.
Ele também revelou que todo o setor de rochas ornamentais do Ceará,
impactado forte e negativamente entre março e junho pela pandemia da
Covid-19, fechará este ano com leve crescimento de suas exportações.
De acordo com Carlos Rubens Alencar, o granito Branco Ceará, “uma de nossas mais importantes e disputadas grifes”, já foi escolhido para revestir os templos mórmons de Brasília e Salvador. Mas o sucesso dessa rocha é ainda maior na Ásia.
Em Xiamen, na China, o Branco Ceará revestirá as seis novas torres residenciais da cidade (cada torre tem 24 andares), as quais estão em fase de acabamento. Esse granito é extraído do chão do municípios de Santa Quitéria, no Norte do Ceará, onde se expande sua exploração.
As rochas ornamentais do Ceará, em sua grande maioria, ainda são exportadas em estado bruto, sem beneficiamento. Mas isso começará a mudar no curto prazo.
O presidente do Simagran anunciou que, no próximo ano de 2021, duas grades empresas industriais, uma local e outra do Espírito Santo (ele não revelou o nome delas) implantarão unidades fabris na ZPE do Pecém que agregarão valor aos mármores e granitos cearenses.
Carlos Rubens Alencar lembrou que, nos últimos cinco anos, empresários cearenses e capixabas já investiram no Ceará, na pesquisa e na lavra, mais de R$ 650 milhões.
Esses investimentos crescerão com a instalação das fábricas de beneficiamento na ZPE do Pecém, é a aposta do Simagran.
*Fonte: Diário do Nordeste
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