Sem pesquisa mineral, não há solução
Desde 2008 as exportações brasileiras de rochas ornamentais estão
estagnadas, e neste período as empresas tiveram um importante
crescimento nas suas estruturas comerciais. Foi ainda o momento onde os
granitos superexóticos e sobretudo os quartzitos - que são rochas de alto valor
agregado - tiveram o seu melhor desenvolvimento.
Mas, o que houve?
Certamente que o avanço dos produtos concorrentes em
cima das fragilidades dos produtos naturais foi determinante.
O pouco entendimento da importância dos ensaios de
caracterização tecnológica, levou a que tivéssemos gerado uma enorme gama de
materiais que não atendem aos requisitos mínimos de normalização, e por
conseguinte perdemos espaço para produtos que preenchem esta lacuna.
Este não é o momento de ressaltar os erros, eles
existem e o mercado vai nos ensinando, mas certamente é imperativo que devemos
avaliar as perspectivas para o futuro e neste sentido as necessidades saltam
aos olhos.
Conforme sempre enunciava Giulio Conti: “Prima la
materia”.
Como entender que a quase totalidade das nossas
empresas não possuam equipes de pesquisa mineral estruturadas? As rochas
ocorrem na natureza em função de contextos geológicos bem caracterizados,
portanto temos que ter bem definidos: o que? onde? e, como pesquisar?
Com o apoio de profissionais de geologia que conheçam
as características do mercado, que sejam especialistas em avaliação de
ambientes geológicos, e uma boa equipe de geólogos de campo, as descobertas
serão uma consequência e certamente as empresas que assim procederem irão
assumir um importante protagonismo e terão enormes ganhos de competitividade.
Certamente que sem pesquisa mineral não há solução e
os avanços do setor de rochas ornamentais estarão limitados.
Artigo por:
Carlos Rubens Alencar
Geológo MsC.
Fundador do IBRO
Coordenador da CEE-187 ABNT
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