sábado, 1 de fevereiro de 2025

[ARTIGO] O difícil é saber terminar

Mais um ano se passou.

Nestes dias de descanso, conversei com alguns amigos “das antigas” e passadas as atualizações de costume, a frase que nos une há 50 anos aflorava:

“Como estão os Mármores?”

O primeiro impulso foi sempre o protocolar: “muito bem” - afinal nós vivemos a pedra natural desde o período em que o setor no Brasil exportava menos de US$ 20 milhões por ano.

Risos e recordações a parte, vinham as reflexões - ou seriam preocupações?

E nós, aonde vamos?

Esta frase imortalizada por Gloria Magadan em 1970, permeia as ansiedades no mundo dos mármores desde este tempo.

E por que mármores?  Ah! porque era assim.

O "granito del foro”, no fórum Trajano - Roma, que é um dos primeiros trabalhos onde a pedra natural foi denominada de granito, era na realidade um mármore.

No nosso Brasil, apesar de haver registros de exportação de chapas do Preto Tijuca na época da 2ª guerra mundial, o granito tal como conhecemos atualmente somente viria a surgir nos anos 60, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro.

No final dos anos 70, os granitos começaram a ganhar força no Espírito Santo, onde teve início um novo ciclo após meados da década de 90, e a produção dos granitos se expandiu, momento em que o Brasil assumira um importante protagonismo no mercado mundial.

Em 2013 as exportações brasileiras atingiram US$1,3 bilhões e encerraram um ciclo contínuo até então de evolução.

Por que parou? Parou por quê?

Ao longo desta trajetória, o setor das pedras naturais do Brasil assumiu posição entre os 5 mais importantes players mundiais, possuindo empresas com o mais alto nível de incorporação tecnológica, dominando sem limitações o processo produtivo e gerando mão de obra especializada e qualificada.

Deve ainda ser enfatizado que, na evolução deste processo houve a intensificação da participação das empresas brasileiras nas mais importantes feiras mundiais, além do aprimoramento de suas áreas comerciais.

Então, o que fazer para continuar evoluindo os números?

Acreditamos que as respostas passam pela compreensão do setor sobre a necessidade de construir-se uma agenda estratégica, pois certamente sem a definição dos eixos estruturantes e a construção de um mapa de ações, não haverá solução e permaneceremos estagnados.

Até quando continuaremos andando de lado?

Porque não exportarmos US$3 bilhões/ano até 2030?


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