segunda-feira, 17 de julho de 2023

[ARTIGO] O setor de rochas ornamentais clama por uma Agenda Estratégica

O FUTURO É AQUI E AGORA

No setor das rochas ornamentais brasileiro, se faz fundamental a elaboração prática de uma expressiva Agenda Estratégica, a ser desenvolvida diante dos riscos e das fundamentais e mais relevantes oportunidades para o setor. É muito importante compreender que uma agenda estratégica não é um plano onde as respostas estão apresentadas, mas o referencial para a construção de ações prioritárias e relevantes para a obtenção da geração de demanda que está intrinsicamente vinculada a valorização da pedra natural.

O CONTEXTO

A nossa atividade é muito recente e apesar de termos iniciativas que remontam os anos 20 do século passado, é somente após os anos 50 que o setor tal como é atualmente começa a ganhar representatividade. Deve ser ressaltado que foi decorrente da evolução dos processos tecnológicos que possibilitaram a extração competitiva das rochas graníticas que o Brasil começou a sua importante trajetória no setor, isso é muito recente e somente ganhou força na década de 1970.

Somos um jovem setor, e apenas nos últimos 30 (trinta) anos iniciamos a adquirir uma cultura mínima - que irá nos possibilitar a construção da agenda estratégica possível - que permitirá ao setor ter uma base coerente de fundamentos para continuar avançando com consistência e em consonância com a pauta mundial que já está estabelecida, a exemplo do ESG que nos é extremamente favorável.

MODELAGEM

Mas, como fazer? Há várias maneiras, porém no contexto do que é efetivamente prático, a criação de um grupo de trabalho misto (técnicos e empresários) com cerca de 10 (dez) atores, que tenham a capacidade de avaliação sistêmica do contexto setorial e das interdependências que influenciam no futuro da cadeia econômica dos revestimentos. Este grupo terá condições de construir a modelagem e as bases da agenda que levará a uma ampla participação de todos da cadeia produtiva em seminários de discussões, avaliações e validações das propostas a serem consensualizadas.


O QUE NECESSITAMOS?

Como resultado desta ação, é plenamente factível termos em um prazo de no máximo 6 (seis) meses, uma robusta AGENDA ESTRATÉGICA PARA O SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS, onde certamente estarão estabelecidos os rumos de uma atividade que possui um potencial imensurável de crescimento, desde que seus players incorporem a importância dos conceitos básicos e que são fundamentais para tanto, como por exemplo a pesquisa mineral (prima la matéria), a normalização e o ESG, que podem  ser instrumentos para elevar a um outro patamar todo o setor de rochas ornamentais do Brasil.


Artigo por:

quarta-feira, 3 de maio de 2023

[ARTIGO] É tempo de reflexão e transformação


A indústria da pedra natural no Brasil alcançou seus primeiros 100 anos e foi homenageada durante a 6ª edição da Fortaleza Brazil Stone Fair em 2022. 

Um centenário que nos remete a uma história de grandes progressos e que nos trouxe ao ranking dos 05 (cinco) principais produtores mundiais.

Ao longo deste período, podemos distinguir com muita facilidade a influência dos imigrantes italianos, portugueses e dos espanhóis, que ajudaram a criar e disseminar uma cultura da pedra no nosso país.

Em meados dos anos 50, teve início a formação da primeira geração dos industriais brasileiros, atualmente o setor colhe seus resultados com a segunda geração, e já fortemente influenciado pela terceira geração que possui uma formação contemporânea e moderna.

Presentemente, o grande desafio do setor das pedras naturais passa pelo foco no consumidor final e consequentemente por uma relação muito profissional ao longo de toda a cadeia de suprimento.

A necessidade de matéria prima (rochas) que atendam aos requisitos de normas e aos conceitos de sustentabilidade, impõe a necessidade de capacitação das empresas no que tange a pesquisa mineral, visando atender os critérios de valorização do produto natural não apenas pelos conceitos estéticos decorativos, mas também por sua caracterização tecnológica.

O que produzir? Como produzir? O enquadramento do produto numa cadeia de ciclo de vida que atenda a pauta de descarbonização exigida pela nova matriz energética que emerge, além de uma nova ordem de relacionamento com o cliente será imperativa.

As transformações tecnológicas e os conceitos de ESG, aliados a inteligência artificial, irão alterar as relações de consumo em uma velocidade nunca vivenciada, e com inovação nos processos (não confundir com equipamentos modernos) a pedra natural pode entrar num grande círculo virtuoso.

A construção de uma agenda do setor para orientar os seus players sobre estes novos conceitos é imperativa, considerando que o conhecimento obtido até então está defasado, e é hora de novos aprendizados e muita inovação, certamente, uma reengenharia de processos que envolva extração, beneficiamento e comercialização.


Artigo por:

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Setor de rochas ornamentais amplia exportação para a Itália com 2ª remessa acima de 15 mil toneladas

O setor de rochas ornamentais amplia a exportação para o Porto Marina di Carrara, na Itália. Neste ano, a primeira remessa de 15 mil toneladas de blocos saiu no começo de fevereiro e outra com cerca de 20 mil toneladas partirá em maio do Porto do Pecém. Na operação, estão envolvidas em torno de 40 empresas.

A informação ao O POVO foi dada por Carlos Rubens Alencar, presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran-CE), em primeiro Almoço Empresarial da nova gestão 2022 da Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza (AJE), que tem como Coordenador Geral George Martins.

O evento teve como convidado o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Danilo Serpa, que frisou no discurso a consolidação da rota para a Itália, um dos principais centros de distribuição do produto no mundo. Segundo Carlos Rubens, no geral, o fluxo de exportação se fixou, em média, a cada dois meses. O movimento de ter linhas frequentes de navios começou há três anos.

E o país italiano realmente é o principal comprador das rochas ornamentais, cujo valor de compras chegou a crescer acima de 147% no ano passado, ultrapassando os Estados Unidos, conforme estudo "Setorial em Comex de Rochas Ornamentais", produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

Para se ter ideia, em 2018, mais de 21 mil toneladas de rochas ornamentais seguiram do Ceará para o país europeu. O número já era 5% superior ao volume registrado em 2018, com 20.757 mil toneladas.

Carlos Rubens considera um grande avanço a exportação pelos portos cearenses, já que antes se retiravam as rochas do Ceará, que eram transportadas para Cabedelo, na Paraíba, ou direto para o Espírito Santo, onde eram beneficiadas exportadas por lá.

Sobre a entrada de empresas do setor na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, o empresário relembra que em 2016 houve uma manifestação muito forte de interesse de instalação na área, mas que o movimento arrefeceu por não haver disponibilidade de terreno à época.

"Agora que as coisas estão clareando e que, inclusive, o próprio marco regulatório da ZPE foi alterado, permitindo que um um volume maior de produção possa ser comercializado no mercado interno, já existem algumas empresas que voltaram a manifestar interesse", detalha.

Atração de novas empresas
A expectativa é que em dois a três anos haja cerca de cinco empresas de rochas ornamentais operando dentro da ZPE, no Complexo do Pecém. Com isso, Carlos Rubens fala em ser o quarto ou quinto setor mais importante da economia do Ceará.

Atualmente, a exploração de rochas é mais avançada em regiões que vão desde Sobral até Granja, Viçosa do Ceará, Uruoca, Martinópole, Massapê. Mas tem também Santa Quitéria, que é um ponto tradicional do Branco Ceará, produto utilizado para piso de shoppings, por exemplo, aeroportos. Ainda há polos se desenvolvendo em Banabuiú e Mombaça.

Em relação à formação de capital humano para sustentar este crescimento, o empresário diz que o MBA de Gestão e Utilização de Rochas em Obras Civis em parceria do IEL Ceará e a Faculdade da Indústria, já procura orientar profissionais, que atuam na área de arquitetura e construção civil, sobre o conhecimento básico para a escolha e aplicação adequada do revestimento pétreo e como evitar as eventuais patologias.

"A primeira turma que a gente lançou já tem 25 alunos e deve terminar meados do próximo ano, porque são 24 meses incluindo o prazo do TCC). Agora estamos no terceiro módulo. Agora, paralelo a isso, a gente tem outros tipos de treinamento, e a gente utiliza a estrutura do SENAI. Estamos aqui estruturando primeiro pra atender a uma demanda da parte de marmoraria, porque essa parte da extração, da indústria, existe uma certa mão de obra e que exige uma qualificação ainda muito maior."

ZPE
Com o novo Marco Legal das Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), o setor projeta crescimento da cadeia produtiva no Ceará. Isso porque, dentre outros pontos, empresas instaladas na ZPE do Pecém não estão mais obrigadas a destinar 80% da produção para o exterior

Fonte: O Povo

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

ZPE II é inaugurada em meio a novo marco legal e indústrias de rochas ornamentais poderão se implantar a qualquer momento


Com 1.911 hectares, o Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, foi inaugurado na manhã desta terça-feira (16). O investimento do Governo do Ceará foi de R$ 13 milhões na preparação do espaço com vias de acesso e secundárias pavimentadas, infraestrutura de transmissão de energia elétrica, iluminação, fibra ótica e circuito fechado de televisão. O espaço deverá receber plantas industriais de produção de hidrogênio verde, rochas ornamentais, prestadores de serviços para as indústrias que se instalarem, entre outros empreendimentos.

O governador Camilo Santana destacou o trabalho que vem sendo feito na região para dotar o espaço de infraestrutura e, consequentemente, atrair mais empresas. “Essa ação é uma entre as outras que o Governo tem feito em infraestrutura. Aqui é toda uma visão que começou lá atrás, por ex-governadores, que enxergaram no Complexo do Pecém uma oportunidade de desenvolvimento do Ceará. Essa ZPE – Setor 2 está toda estruturada, são quase 2 mil hectares. Estamos reunindo cada vez mais todas as condições para transformar o Ceará em hub tecnológico, portuário, aéreo e, se Deus quiser, de hidrogênio verde. A gente pode mudar o perfil econômico do estado nos próximos dez anos”, enfatizou o governador.

O setor de rochas ornamentais também foi mencionado pelo governador Camilo Santana, que ressaltou o trabalho em conjunto com o Simagran-CE na pessoa de seu presidente Carlos Rubens Alencar, que vêm participando da atração de investidores do setor para o complexo há alguns anos. 

Com a ZPE II e o novo marco legal, a barreira antes imposta no tocante ao volume que precisava ser exportado deixou de existir, podendo as indústrias que se instalarem na zona exportarem qualquer volume livre de impostos, fechando o câmbio em qualquer lugar do mundo e ainda atenderem o mercado interno sem limitação. No último caso, os tributos são cobrados normalmente, mas não há mais limitação de volume que poderá ser comercializado no mercado nacional, o que é uma excelente novidade.

Exportação de rochas ornamentais acumula crescimento de 70,9% no Ceará neste ano


As exportações do setor de rochas ornamentais cresceram 70,9% em 2021 e alcançaram US$ 32,9 milhões em exportações no Ceará. O principal produto exportado foram os quartzitos, que dobraram o valor vendido para o exterior, ou seja, geraram US$ 13,2 milhões. As exportações do produto correspondem a 40% do total vendido pelo setor para o exterior. O município da Caucaia foi o principal exportador, seguido de Santa Quitéria e Uruoca.

Os dados são do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do da edição de outubro do “Setorial em Comex de Rochas Ornamentais”, divulgado nessa terça-feira (16).

Segundo o documento, o principal comprador é a Itália, com compras no valor de US$ 16,9 milhões e crescimento de 147%. O segundo lugar ficou com os Estados Unidos, com exportações no valor de US$ 12,2 milhões e aumento de 45,9%.

Confira o estudo na íntegra clicando AQUI.


Fonte: Sistema FIEC

sábado, 16 de outubro de 2021

Granito: um MBA para qualificar arquitetos e engenheiros

 

Vem aí um curso especial em Gestão e Utilização de Rochas em Obras Civis, a ser promovido pelo IEL-Ceará, organismo do Sistema FIEC


Voltado para engenheiros e arquitetos, principalmente para os que criam e desenvolvem projetos de construção e ambientação de condomínios residenciais e comerciais no Ceará, vem aí o primeiro MBA em Gestão e Utilização de Rochas em Obras Civis, uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-CE), um organismo do Sistema FIEC em parceria com o Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Ceará - SIMAGRAN-CE.

As inscrições, que se prolongarão até o dia 30 deste mês, foram abertas e atraíram o interesse de profissionais de vários estados do país, gerando uma alta e inesperada demanda. (www.iel-ce.org.br)

O presidente do Simagran, Carlos Rubens Alencar, diz a esta coluna que o MBA, a ser ministrado por professores doutores e pós doutores em todas as matérias, permitirá que arquitetos, engenheiros e outros profissionais da construção civil adquiram "soluções adequadas que assegurarão, além da qualidade, redução de custos durante a execução das obras e de sua manutenção ao longo do tempo".

Na sua opinião, o MBA do IEL "proporcionará a competência que falta a engenheiros e arquitetos no uso dos granitos, quartzitos e mármores".

Ele tem razão. Esta coluna ouviu algumas opiniões técnicas sobre o uso desses materiais e recolheu informações interessantes, uma das quais revela a inexistência de consultores em rochas ornamentais junto às grandes empresas de arquitetura e de engenharia responsáveis pela construção de grandes e famosos condomínios.

A ausência dessa consultoria provoca muitas dúvidas nas construtoras e onera os custos. Algumas por exemplo, hesitam na utilização na fachada entre um ACM - uma junção de placas de alumínio nas partes externas e de polietileno no meio, espécie de sanduíche inflamável - ou o granito, que é um produto que atendida a devida caracterização tecnológica e os requisitos de normas, gera a solução de melhor sustentabilidade.

Uma das fontes ouvidas pela coluna revelou que a consultoria em rochas ornamentais, feita por um especialista, é importante para evitar, por exemplo, que se misturem, numa mesma área - de piso ou revestimento - tipos diferentes de mármores e granitos, que se desgastarão de maneira diversa.

Como boa consequência dessa consultoria, alguns grandes condomínios residenciais e comerciais de Fortaleza mostram perfeita integridade dos materiais, como se o edifício tivesse sido inaugurado hoje.

Se, por falta de uma consultoria especializada, é inadequada a solução para o revestimento e o piso de um condomínio, será também inadequada, ou seja, mais caro, o seu custo.

A maioria dos profissionais envolvidos na cadeia produtiva da construção civil imagina que todo granito ou todo mármore é igual, e isto não é verdade, pois todos são diferentes e essas diferenças são percebidas apenas por especialistas.

Diante dessa constatação, o MBA sobre Gestão e Utilização de Rochas em Obras Civis, promovido pelo IEL, que está a celebrar seus primeiros 50 anos, chega em boa hora, pois a indústria da construção civil cearense está novamente em velocidade de cruzeiro, agora agregando novas tecnologias.

_____________________

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

MBA em Rochas Ornamentais desperta interessados no Brasil e no Exterior

IEL FAZ 50 ANOS OLHANDO O FUTURO - MBA SOBRE ROCHAS ORNAMENTAIS


Atendendo a uma demanda do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Ceará (Simagran-CE), o Instituto Euvaldo Lodi e o Instituto Brasileiro da Rocha Ornamental (IBRO) acabam de lançar o primeiro MBA sobre Gestão de Rochas nas Obras Civis.

Agora, vem o detalhe interessante: a repercussão foi tamanha, que o curso, que seria presencial e restrito ao Estado do Ceará, teve de ser alterado para online com interação ao vivo.

Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran-CE, disse a esta coluna que houve uma grande demanda de profissionais de outros estados e, ainda, de Portugal, Itália, Espanha e EUA, o que levará sua entidade a promover um pequeno evento na segunda quinzena deste mês, na FIEC.

“Vamos reunir os líderes de todas as entidades de engenharia, arquitetura e designers de interiores para uma divulgação mundial desse MBA, que é inédito”, explicou Carlos Rubens, adiantando que o curso será ministrado por doutores e pós-doutores.

Ele explicou:

“Esse MBA será uma ação muito importante para as empresas de engenharia e para os arquitetos locais e do exterior, pois os colocará no patamar de informação mais avançado do mundo, pois serão ensinados a como incorporar nos seus projetos os conceitos mais avançados de equalização de normas, que possibilitam a redução de custos, tudo em consonância com os mais avançados critérios de sustentabilidade.”

As matrículas estão abertas através do (85) 4009-6300 ou www.iel-ce.org.br e as vagas são limitadas.

*Com informações do Diário do Nordeste